A MELHOR REFORMA ADMINISTRATIVA
Campos Veiga Reforma Administrativa

A MELHOR REFORMA ADMINISTRATIVA

Ao contrário do que muitos pensam a REFORMA mais relevante para modernizar o Brasil, não é a da PREVIDÊNCIA !

Trato aqui da reforma administrativa A à qual me refiro com a tranquilidade de ser filho de dois funcionários públicos.

Minha adorada mãe foi funcionária autárquica por trinta e cinco anos e meu querido pai foi educador secundário e superior por mais de quarenta e cinco anos.

Minha mãe participou de um concurso nacional, já funcionária estável e foi aprovada em primeiro lugar.

Foi promovida apenas uma vez e jamais chegou ao topo da carreira.

Da mesma forma, Amauri Mascaro Nascimento, um dos mais festejados juslaboralistas do Brasil, jamais foi promovido ao segundo grau de jurisdição se aposentando como Juiz da 1ª Vara do Trabalho da Capital.

Se conclui com facilidade e sem paixões ideológicas que há muita “coisa errada” no serviço público.

Carreira

Antes de tudo, seria salutar propor que a totalidade dos servidores fossem de carreira, extinguindo os funcionários comissionados sem concurso e indicados por notório protecionismo ou nepotismo.

Em suma, criar-se-ia um banco de concursados que assumiriam postos de trabalho hoje entregues a apaniguados. MUITO SIMPLES!

O que menos vigora no serviço publico é a meritocracia, sendo comum a aprovação de todos os servidores, como se tivessem sido avaliados com 100% de mérito e nenhuma crítica.

Não se objetiva torturar funcionários, mas de estabelecer um sistema em que todos sejam estimulados a crescer profissionalmente e assim atender melhor aos cidadãos que não esperam outra coisa.

Compromisso

O atendimento à população por funcionários públicos concursados ou não entre nós é PÉSSIMO.

Tamanha é a insatisfação que em muitos guichês se vê a presença de uma advertência ridícula de que se comete crime ao destratar funcionários.

Assim, o crime deveria ser atender mal a quem paga salários maiores que os de mercado a esses funcionários, que em sua maioria tem vergonha dessa proteção despropositada.

São trabalhadores, zelosos de suas obrigações, chegam cedo e não deixam trabalho para amanhã.

Ocorre que seus colegas, geralmente em postos de comando, impuseram uma mentalidade retrograda, corporativista e acham que ao prestar serviços precários, não fazem nada mais que a obrigação.

Avaliações

Portanto, a primeira atitude a tomar é impor AVALIAÇÕES PERIÓDICAS DE DESEMPENHO aos funcionários ativos e estabelecer regras NOVAS para a futura geração de servidores.

Há uma lei para isso e vigora desde 2017 (Lei 13.460/17).

Há  também necessidade de estabelecer premiações para que metas sejam atingidas no sentido do “bem servir” !

Em verdade, métodos de incentivo, requalificação, treinamento e recompensas financeiras ajudam a melhorar a produtividade de qualquer atividade, seja pública ou privada.

A exigência de produtividade não faz parte da cultura do funcionalismo público e há uma constante política de reivindicação de melhoria de condição social, sem a correspondente avanço na qualidade do atendimento ao público.

Há necessidade de profunda REFORMA ADMINISTRATIVA e as dificuldades de implementação são imensas.

Afinal nossos parlamentares são funcionários públicos, mas podemos demiti-los nas eleições.

TEMPOS DIFÍCEIS, MAS DE MUITA ESPERANÇA!

Maurício de Campos Veiga

Advogado, professor e sócio fundador da CAMPOS VEIGA ADVOCACIA com vasta experiência na área jurídica empresarial trabalhista desde 1973.

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