O desemprego elevado tem sido objeto de incontáveis análises de especialistas e curiosos!
Pouco se fala sobre a geração de empregos posterior à crise mais aguda que nos impôs o desgoverno DILMA ROUSSEF.
De fato, nos últimos doze meses foram gerados mais de dois milhões de postos de trabalho, sendo certo que um pouquinho mais que a metade dessa geração se refere ao esforço de trabalhadores autônomos.
Trata-se, segundo alguns especialistas de uma forma precária de inserção no mercado de trabalho, sem proteção previdenciária alguma.
Com efeito, entendo que se deve atribuir à terceirização, à reforma trabalhista e à revolução tecnológica, grande parte da tendência do mercado de trabalho e das novas formas de ocupação laboral.
Entretanto o papel da enorme recessão havida nesses últimos anos é muito mais decidido.
Quando o calo aperta….
As mudanças sociais sempre estiveram acompanhadas de sofrimento e de escassez de recursos, mas o ser humano se adapta e enfrenta adversidades de forma indizível.
Os aplicativos deram causa a mudanças profundas no modo de agir dos agentes econômicos e na população em geral, gerando oportunidades, nem sempre fáceis, mas encaradas com resiliência e coragem.
Uber, Ifood e tantos outros deram causa a uma geração de oportunidades de trabalho, de certa precariedade, mas que tiraram do desalento absoluto milhares de trabalhadores.
Sindicatos e corporações estão em pânico eis que os tais aplicativos e as evoluções tecnológicas reduzem substancialmente os seus poderes e ameaça as suas existências, fundadas em tempos imemoriais que não voltam mais.
Jovens e idosos tem sido chamado a ingressar nesse novo mundo dos aplicativos aceitando trabalhar por sua conta e risco, sem a antiga vinculação empregatícia prevista no art. 3º da CLT.
Cabe aos legisladores a criação de condições de formalização e consequente proteção previdenciária dessa legião de empreendedores gerada pela inovação tecnológica dos algoritmos em plena efervescência, lá no vale do silício e nos quatro cantos do planeta terra.
Miopia
Impressionante a miopia e o astigmatismo dos operadores do direito, em relação a fatos corriqueiros que se apresentam aos nossos olhos, mas parecem espantar e surpreender inexplicavelmente, legisladores, magistrados, estudiosos, juristas e a sociedade em geral.
Se essas alterações se deram em curtíssimo espaço de tempo, o que nos reservará o futuro?
Sem considerar essa nova realidade não se chegará a lugar algum e ainda mais se tornará essa anacrônica visão dominante, como uma estranha filosofia de vida a enfrentar em vão “imposições da atualidade”.
O Brasil, a toda evidência, está carente de inovações institucionais tendentes ao acúmulo do capital humano e físico à classe trabalhadora.
A época protetiva de imposições de cima para baixo acabou.
Assim sendo, a crise econômica, a reforma trabalhista e a multiplicidade de contratos, as facilidades de outsourcing criadas sob medida para o futuro, vencidas as resistências retrogradas vão pautar o porvir .
O CAMINHO NÃO TEM VOLTA.
CUMPRE OLHAR O FUTURO E ESQUECER AS SAUDADES DE UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS…
HÁ GRANDE VALOR NO FUTURO!