TRABALHO: A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E A IGUALDADE
Campos Veiga Distribuição de Renda

TRABALHO: A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E A IGUALDADE

Acaba de ser publicada o resultado de pesquisas realizadas pela ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO  sobre a renda global do trabalho.

A DISTRIBUIÇÃO E O MONTANTE dos rendimentos do trabalho estão constando de forma clara e minudente numa pesquisa relevante denominada “A DISTRIBUIÇÃO E A PARCELA DA RENDA GLOBAL DO TRABALHO.

A novidade é a utilização de metodologia interessante que examina e quantifica a heterogeneidade da renda de autônomos decorrente de seu trabalho e de seu capital.

Renda do Capital

VERIFICA-SE COM PREOCUPAÇÃO QUE A RENDA VINDA DO TRABALHO MINGUOU E A RENDA DO CAPITAL AUMENTOU.

Isso ocorreu mais fortemente na EUROPA e na AMERICA, onde as mais relevantes economias apresentam aumento da renda do capital, exceção feita ao Canadá onde verifica-se estabilidade.

Entre nós a renda do trabalho aumentou e desconfio que seja pelo aparecimento forte de novos empreendedores individuais.

Já a distribuição da renda do trabalho, muito menos desigual que  a péssima distribuição do capital merece atenção especial.

Os executivos e empregados de melhor remuneração receberam em 2017 cerca de 48,9% de tudo que foi gerado pelo trabalho.

A parcela consistente que metade dos trabalhadores pobres recebeu menos de sete por cento da renda do trabalho.

UM TRABALHADOR POBRE LEVA QUASE QUINZE ANOS PARA GANHAR O QUE SEU CHEFE GANHA POR ANO.

Houve menos concentração de renda, mas num nível muito modesto.

Nos países desenvolvidos os empregados mais pobres empobreceram ainda mais e os mais ricos melhoraram sua renda do trabalho.

A Classe Média

As classes médias em toda a parte foram as mais prejudicadas, caminhando para uma extinção que já foi improvável. Nos Estados Unidos e Reino Unido isso parece evidente.

A China parece ser responsável, junto com a Índia pela pequena diminuição da concentração de renda laboral.

OS TRABALHADORES MAIS RICOS FICARAM COM UM NACO REPRESENTATIVO DA RENDA DOS MAIS DESVALIDOS.

Os mais pobres foram beneficiados pela migração da renda dos empregados que recebem salários medianos.

Conclusões

Assim sendo, temos que no Ocidente a renda do capital aumentou frente a renda laboral, a desigualdade da renda do trabalho diminuiu um pouco, mas por ser IMENSA o dado não é animador, especialmente porque não se pode dizer que se trata de uma tendência.

Outra conclusão que se extrai da pesquisa em tela é que nos países pobres os mais pobres tendem à miséria ou já a experimentam.

Países pobres são os mais desiguais em termos de rendimento do trabalho.

Além disso, não resta dúvida de que a classe média mundial é a que mais sofreu com queda de renda e padrão de vida.

Parece, também que o aumento do ganho dos mais bem remunerados é acompanhado por um empobrecimento do restante da população economicamente ativa.

Já o aumento de renda de classes médias causa aumento da renda da maioria, com relevo para o aumento de renda dos mais pobres.

Será que a classe média, mesmo perdendo força está favorecendo a renda dos mais pobres.

Aqui, se os dados são confiáveis haveria uma migração dos mais pobres em direção às classes médias, mas isso não é um movimento suficiente para reduzir de forma importante a enorme desigualdade entre os trabalhadores do mundo livre.

Parece que a desigualdade incrementa o empobrecimento, mas essa conclusão demanda mais estudos não bastando dados da OIT.

INVESTIMENTOS ESTATAIS E PRIVADOS EM EDUCAÇÃO CERTAMENTE COLABORAM E REPRESENTAM UMA POLÍTICA CORRETA NA DIREÇÃO DA DIMINUIÇÃO DA DESIGUALDADE MUNDIAL.

Não há outro caminho e as nações que historicamente investiram fortemente na educação e treinamento de jovens e requalificação dos mais experientes experimentam uma maior igualdade na renda e sua distribuição.

MEDIDAS SOCIALISTAS NÃO AJUDAM NADA.

EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO!

Maurício de Campos Veiga

Advogado, professor e sócio fundador da CAMPOS VEIGA ADVOCACIA com vasta experiência na área jurídica empresarial trabalhista desde 1973.

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