AINDA A INFORMALIDADE!
Campos Veiga Trabalho Informal

AINDA A INFORMALIDADE!

São muitas as causas do excesso de informalidade na economia brasileira.

O custo do trabalho formal e o ambiente totalmente disfuncional dos negócios em geral e o excesso de regulamentação estatal são as principais.

Todos os economistas advertem para o perigo da informalidade e uns indicam maior fiscalização e outros a flexibilização de regras trabalhistas e previdenciárias.

Mas ninguém mexe na ferida mais aberta que remete à discussão de quem veio antes o ovo ou a galinha.

Alguns políticos de centro-esquerda pregam que já houve maioria de formais no Brasil.

Isso nunca aconteceu.

Nem no chamado MILAGRE BRASILEIRO propiciado por ROBERTO CAMPOS E DELFIM NETO.

Resquícios do passado

A extinção da estabilidade decenal e da obstativa, substituídas pelo regime do FGTS, propiciaram uma formalização ascendente, mas que resultou em um voo de galinha ou de pato e propiciou a década perdida.

Em 1988 foi promulgada a Constituição Cidadã, só não se preocuparam com os recursos para custear as garantias e vantagens estabelecidas na Carta Magna.

Houve a dominação de pensamentos oníricos no afã de beneficiar os mais desvalidos.

FRACASSO TOTAL !

A liberdade trouxe um alívio e garantiu instituições fortes, mas não o suficiente para a construção de uma nação mais igualitária.

O pluripartidarismo, bem-vindo após o arbítrio, trouxe muita corrupção que alguns acham que vai ser varrida pela operação LAVA JATO.

A nossa terrível informalidade aumenta consideravelmente nas crises econômico financeiras, como nos parece obvio ululante. Diminui quando há crescimento econômico, mas nunca acaba ou se reduz a níveis aceitáveis em qualquer sociedade.

A legislação trabalhista copiada do corporativismo fascista é cantada em prosa e versos pelos que não percebem a passagem dos tempos.

Novos aplicativos são executados sem nenhuma proteção trabalhista ou previdenciária, mas minoram o desemprego estrutural.

Não se prestigia o contrato coletivo e se constitucionaliza direitos trabalhistas.

Esperanças para o Futuro

O Supremo vai apreciar esse ano a prevalência do convencionado ante o legislado.

Há luz no final do longo túnel da desigualdade social que remonta a Revolução Francesa e os empreendedores e investidores esperam reformas mais profundas para que possam correr riscos menores e navegar em águas serenas.

Vão reformar os tributos e melhorar a administração pública. Estados e Municípios vão se reestruturar e a melhora fiscal vai ser duradoura e a prosperidade virá.

Há ciclos econômicos sempre incompreendidos e a próxima recessão não vai causar tanta informalidade.

A CLT e as normas previdenciárias devem ser objeto de outras reformas e as condições políticas podem não ser tão favoráveis.

O santo é de barro…

Aproveite para ler: CRESCE A INFORMALIDADE.

Maurício de Campos Veiga

Advogado, professor e sócio fundador da CAMPOS VEIGA ADVOCACIA com vasta experiência na área jurídica empresarial trabalhista desde 1973.

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