A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Campos Veiga - A Inteligência Artificial e o Trabalho

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Está em voga a discussão da adoção da chamada inteligência artificial e a destruição de postos de trabalho.

De que se trata?       

“Inteligência artificial é um ramo de pesquisa da Ciência da Computação que se ocupa em desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos que possam simular o raciocínio humano, ou seja, a inteligência que é característica dos seres humanos.”

Assim sendo, tudo que o ser humano faz exceção feita a criar, amar, compreender, acolher etc., poderia ser executado por mecanismos tecnológicos computadorizados.

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, dizem os entendidos, tem mais de seis décadas de existência conceitual, mas somente a capacidade alucinante de processamento dos computadores atuais e da chamada nuvem trouxeram tais conceitos à realidade.

Desde a máquina a vapor, os sábios de plantão entendem que a tecnologia destrói postos de trabalho, mas tais sabichões preferem voar num aeroplano com essa tecnologia sofisticada embarcada, cogitando mais da habilidade dos pilotos.

Inteligência Artificial e o Trabalho

Não há dúvida de que a INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL vai destruir empregos, mas como a máquina a vapor e a energia elétrica, vai criar outros empregos e mais qualificados e pasmem, muito mais bem remunerados.

Assim sendo há imensos benefícios na adoção da inteligência artificial, a saber :

  • Hoje em dia, são várias as aplicações na realidade da Inteligência Artificial: jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para sistemas informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para reconhecimentos de escrita à mão e reconhecimento de voz, facial, programas de diagnósticos médicos e muito mais.

Pergunta para a SIRI OU ALEXA!

Portanto, é evidente que a adoção de processos tecnológicos de Inteligência Artificial deve eliminar postos de trabalho em atividades repetitivas, nas quais a criatividade deve até mesmo ser combatida.

Recentemente a BOING lançou uma nave espacial que teve um sucesso esplendido ao deixar a terra e vencer a força da gravidade.

Somente um ajuste foi humano.

O Relógio de atuação que deveria ser dotado de inteligência artificial foi relegado a um ajuste humano.

Os técnicos, todos com quociente intelectual semelhante ao de ganhadores de prêmios NOBEL de matemática, tentaram ajustar a orbita depois da falha temporal. Conseguiram, mas o combustível gasto impediu a manobra.

Teimosos há na BOING, NASA, e na nossa sociedade.

Inteligência Artificial e a Justiça do Trabalho

Uma recente sentença declara a existência de vínculo empregatício entre um motoqueiro entregador e o aplicativo utilizado para pedir comida.

A Juíza não tem razão, eis que o artigo terceiro da CLT elege a subordinação como elemento de toque, nessa caracterização.

Os meninos vão ter direitos trabalhistas e ninguém mais vai usar o aplicativo.

Vão passar necessidades que existiam antes dos aplicativos, em função do desemprego, que, em grande medida, é decorrente do artigo terceiro da CLT.

Com a inteligência artificial, vai ser a mesma coisa.

Mudanças são necessárias

Todos os brasileiros querem voar no avião mais seguro e tecnológico, querem sofrer cirurgias não invasivas com robôs de alta tecnologia  (Pura Inteligência Artificial) e médicos treinados para operar o robô e cientistas que criam esses “aparatos malucos.”

Ninguém quer mudar uma lei do tempo que se amarrava cachorro com linguiça, se usava polaina e suspensórios, cinta liga, anágua e se tomava banho de canequinha no Rio de Janeiro onde o grande Getúlio Vargas se inspirou em Benito Mussolini e nos legou a CLT.

Os sábios juristas de plantão podem estar pensando na própria sobrevivência se esquecendo que conflitos do trabalho sempre se farão presentes e nenhum robô pode solucioná-los.

Não é muito difícil prever que o trabalho braçal vai, aos poucos ou muito depressa, sendo substituído, sendo certo que devemos educar nossos netos para essa realidade.

Se mudarem a CLT adotando normas contratuais consentâneas com a realidade, nossos netos vão ganhar muito mais que nós.

Igualdades

Os nossos filhos já perderam esse trem bala e se reagirem a tempo vão sobreviver e ocuparão os piores postos de trabalho.

Muitos vão abandonar o sonho do emprego pelo empreendedorismo e ficarão ricos e serão felizes.

Nossos netos vão viver de forma sustentável, trabalhar seis horas por dia, ganhar exatamente o que precisam para serem felizes.

Vão se educar pela INTERNET e escolas servirão de mero apoio e apuração de conhecimentos adquiridos. Serão treinados no trabalho e para o trabalho.

Quem quiser ficar rico pode trabalhar dez horas, mas não vai se sentir bem em ser tão desigual.

A desigualdade vai diminuir na mesma medida em que se aumente a desregulamentação da prestação de trabalho e se estabeleça liberdade contratual com consequências graves para quem descumprir os ajustes.

O Futuro chegando

As regras para a GENERAL MOTORS serão diferentes daquelas aplicáveis a colaboradores da PADARIA da esquina e serão estabelecidas por contratos coletivos.

Metalúrgicos ou bancários (Bancos serão extintos) tecelões ou médicos, enfim qualquer partícipe do que hoje se chama categoria profissional não precisa de sindicatos para parametrizar seu bem estar, sua felicidade, suas necessidades e muito menos seus sonhos.

Sindicatos patronais são jurássicos e como os dinossauros serão extintos.

Não chamaremos isso de capitalismo ou socialismo, já que a dicotomia simplesmente desparecerá.

A liberdade será fruída como deveria ter sido no começo dos tempos se o poder não tivesse ficado na mão de déspotas ungidos divinamente.

Os empreendedores vão premiar seus colaboradores não por pura obediência à lei, mas porque concluirão que isso é bom.

Nossos bisnetos vão se deslocar de UBER que terá carros autônomos, comprar por aplicativos, pagar e receber no seu telefone celular.

Vão viver e trabalhar em locais inteiramente automatizados.

Se perguntarem a seu bisneto o que ele faz, como vive e o que almeja, a resposta não vai ser compatível com a  sua mofada compreensão de bisavô, que ainda vivo, graças a inteligência artificial aplicada à medicina e ao bem-estar, vai ficar estupefato.

Nenhuma regulamentação humana resiste ao tempo e os opositores legalistas davam como resposta a existência do DIREITO CIVIL  desde os Romanos.

Nossos bisnetos não vão comprar nada e sim utilizar tudo o que for necessário, prazeroso ou um luxuoso exagero futurista.

Não vão se casar, mas se apaixonar e viver juntos, enquanto estiverem felizes.

Suas atividades serão fundamentalmente as resumidas no verbo V I V E R !

SERÃO MAIS FELIZES !

NÃO VÃO NOS VISITAR?

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