O FIM DAS PROFISSÕES?
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O FIM DAS PROFISSÕES?

Não resta a menor sombra de dúvida de que estão nascendo inúmeras NOVAS PROFISSÕES com o avanço tecnológico e especialmente com a internet das coisas.

A preocupação mais atual, entretanto, em verdade é no sentido de saber quantas profissões antigas serão extintas nos próximos meses e anos.

No início de maio deste ano, motoristas de UBER, uma das novas atividades humanas, passaram a se conectar mundialmente para avaliar as condições de trabalho, tais como remuneração, retorno, efetividade etc.

A conexão instantânea proporcionada pelos aplicativos, especialmente o famoso WhatsApp trouxe à baila uma nova forma de conscientização de cunho social e quem sabe a primeira greve virtual.

Isso nos faz imaginar as assembleias de condomínio e as famigeradas assembleias sindicais, sempre acusadas de pouca representatividade ou até mesmo de dirigismo espúrio das entidades, operárias ou patronais.

E agora José?

Condôminos e trabalhadores poderiam participar de consultas virtuais, extremamente dinâmicas e drástica e efetivamente representativas, fazendo valer a vontade da maioria!

O Wallmart tem uma plataforma a disposição de seus colaboradores que interfere fortemente na forma de prestar serviços, especialmente nas jornadas.

O uso de tatuagens por empregados de uma rede famosa de CAFES GOURMET foi liberado graças a formação de uma consciência favorável nascida através do aplicativo mais famoso de conversas “on line”

Imaginem o alcance de tais aplicativos em partidos políticos, militantes de incontáveis causas e até mesmo a formulação de políticas públicas, não somente no campo da economia, como no terreno trabalhista, societário e até ecológico.

AS Mudanças

Peter Drucker vaticinou em novas realidades, no final dos anos setenta que os sindicatos acabariam, a ponto se nossos netos não saber sequer o seu significado histórico.

Não sabia o meu Ilustre professor que a internet das coisas iria alterar com essa profundidade a atividade laboral humana, a representação dos interesses patronais e obreiros.

Será mesmo o fim dos sindicatos e das convenções coletivas?

Operários chineses criaram, por incrível que pareça, um algoritmo que tapeia as autoridades do poder central fortíssimo entre eles, logrando moderar condições de trabalho, quase análogas à escravidão. TUDO AUTOMÁTICO!

Tomara que árbitros, advogados, cientistas e líderes espirituais não sejam substituídos pela inteligência artificial, rezam os derrotistas e saudosistas.

Não precisa temer, a atividade humana e o trabalho digno sempre serão essenciais.

No entanto, acostumem-se a mudanças rápidas e radicais e eduquem seus filhos para novos tempos.

Tempos que se encontrará ao virarmos a próxima esquina.

Esperança também não há de morrer!

Maurício de Campos Veiga

Advogado, professor e sócio fundador da CAMPOS VEIGA ADVOCACIA com vasta experiência na área jurídica empresarial trabalhista desde 1973.

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